ATA DA OCTOGÉSIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 04-10-2010.
Aos quatro dias do mês de outubro do ano de dois mil
e dez, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá,
Dr. Raul, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, Maria Celeste, Mario Manfro, Paulinho Rubem Berta e Reginaldo Pujol.
Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni,
Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro
Comassetto, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, Luiz Braz, Mauro Pinheiro, Mauro
Zacher, Nilo Santos, Paulo Marques, Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha
Negra e Toni Proença. Do EXPEDIENTE, constaram os Comunicados nos
73201, 73202, 73203, 73204, 73205, 73206, 73207, 73208, 73209 e 73210/10, do
senhor Daniel Silva Balaban, Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação. Durante
a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Octogésima Primeira, Octogésima
Segunda, Octogésima Terceira e Octogésima Quarta Sessões Ordinárias. Após,
o senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, à senhora Iara
Teresinha Bernardes Malta, Presidenta do Clube do Professor Gaúcho, que discorreu
sobre a história e o novo papel social a ser exercido pelo Clube do Professor
Gaúcho. Também, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores João Bosco
Vaz, Dr. Raul, João Carlos Nedel, Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Airto Ferronato,
Nilo Santos, Reginaldo Pujol e Toni Proença manifestaram-se acerca do assunto
tratado durante a Tribuna Popular. Às quatorze horas e trinta e sete minutos,
os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas
e trinta e oito minutos, constatada a existência de quórum. Em prosseguimento,
constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento
verbal formulado pelo vereador Mario Manfro, solicitando alteração na ordem dos
trabalhos da presente Sessão. Ainda, constatada a existência de quórum
deliberativo, foi aprovado Requerimento de autoria da vereadora Fernanda
Melchionna, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares no dia
trinta de setembro do corrente. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se a
vereadora Fernanda Melchionna e os vereadores Engenheiro Comassetto, este pela
Bancada do PT e pela oposição, Idenir Cecchim e Nilo Santos. Na oportunidade, o
senhor Presidente registrou o transcurso, no dia primeiro de outubro do
corrente, do aniversário do vereador Reginaldo Pujol, procedendo à entrega, em
nome da Mesa Diretora, de um cartão de felicitações a Sua Excelência. Às quinze
horas e onze minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM
DO DIA. Em Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Executivo nº 026/10 (Processo
nº 3021/10). Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 03 aposta ao
Projeto de Lei do Executivo nº 026/10, por três votos SIM, dezessete votos NÃO
e quatro ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo vereador Pedro Ruas,
tendo votado Sim os vereadores Haroldo de Souza, Idenir Cecchim e Luiz Braz, votado
Não os vereadores Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini,
DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Fernanda Melchionna, João Bosco Vaz,
João Carlos Nedel, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques,
Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e optado pela
Abstenção os vereadores Adeli Sell, Engenheiro Comassetto, João Antonio Dib e
Mario Manfro. Foi rejeitada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do
Executivo nº 026/10, por nove votos SIM, doze votos NÃO e seis ABSTENÇÕES, em
votação nominal solicitada pelo vereador Pedro Ruas, tendo votado Sim os
vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Carlos Todeschini, Engenheiro
Comassetto, Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e
Sofia Cavedon, votado Não os vereadores DJ Cassiá, Haroldo de Souza, Idenir
Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mauro Zacher, Nilo
Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Tarciso Flecha Negra e Toni
Proença e optado pela Abstenção os vereadores Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul,
Dr. Thiago Duarte, João Antonio Dib, Mario Manfro e Reginaldo Pujol. Foi
aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 026/10, por vinte votos SIM e seis
ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo vereador Dr. Thiago Duarte,
tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo,
Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto,
Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Mario
Manfro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Pedro
Ruas, Reginaldo Pujol e Toni Proença e optado pela Abstenção os vereadores João
Antonio Dib, Luiz Braz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Sofia Cavedon e Tarciso
Flecha Negra. Na ocasião, os vereadores Engenheiro Comassetto e João Antonio
Dib apresentaram Declarações de Voto referentes às votações do Projeto de Lei
do Executivo nº 026/10 e das Emendas nos 02 e 03 apostas. Ainda, a
vereadora Fernanda Melchionna e os vereadores Haroldo de Souza, Engenheiro
Comassetto, Dr. Thiago Duarte e Reginaldo Pujol manifestaram-se acerca da
votação do Projeto de Lei do Executivo nº 026/10 e do processo de discussão
desse Projeto com o Poder Executivo e com a comunidade porto-alegrense. Em
Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo
nº 125/10 (Processo nº 2698/10), por vinte e quatro votos SIM, tendo votado os
vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto,
Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher,
Nilo Santos, Paulo Marques, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha
Negra e Toni Proença. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 072/10
(Processo nº 3295/10). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Resolução nº 017/10 (Processo nº 2573/10). Após, o senhor Presidente informou
que o Projeto de Lei do Legislativo nº 078/09 (Processo nº 1872/09), fora
retirado da ordem de priorização de matéria para apreciação na presente Sessão
Ordinária por solicitação de seu autor. Às quinze horas e trinta e três
minutos, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. A seguir, o
senhor Presidente informou que o Projeto de Lei do Executivo nº 028/10 seria
incluído na matéria a ser priorizada na Ordem do Dia da Sessão do dia seis de
outubro do corrente, tendo-se manifestado a respeito o vereador João Antonio Dib. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, pronunciou-se o vereador Dr. Thiago Duarte. Em GRANDE EXPEDIENTE,
pronunciaram-se os vereadores Reginaldo Pujol, em tempo cedido pelo vereador
Airto Ferronato, e DJ Cassiá, em tempo cedido pelo vereador Alceu Brasinha. Às
dezesseis horas e onze minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação
solicitada pelo vereador João Antonio Dib, tendo-se manifestado a respeito a
vereadora Sofia Cavedon, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima
quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores
Mario Manfro e Bernardino Vendruscolo e secretariados pelo vereador Bernardino
Vendruscolo. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e
aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Passamos à
A Srª Iara Teresinha Bernardes Malta, Presidenta do Clube do Professor Gaúcho, está com a palavra, pelo tempo regimental de dez minutos, para tratar do novo papel social do Clube.
A SRA. IARA TERESINHA BERNARDES MALTA: Boa-tarde,
Presidente da Câmara Municipal, Presidente da Mesa, Ver. Mario Manfro; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores - muitos Vereadores amigos do Clube Professor
Gaúcho -; minha Diretoria e associados. O Clube do Professor Gaúcho, com sedes
em Porto Alegre, Santa Maria e Balneário Pinhal, é uma instituição social sem
fins lucrativos e que reúne mais de 11 mil associados e cerca de 25 mil
beneficiários em todo o Estado do Rio Grande do Sul. Somos filiados à
Federaclubes e à Confederação Brasileira de Clubes. Somos a única agremiação de
professores do Brasil e o maior clube classista da América do Sul.
Idealizado por um
grupo visionário de professores, liderados pela nossa fundadora, Professora
Thereza Noronha, há 44 anos, o Clube do Professor Gaúcho se consagrou como um
espaço de sociabilidade para proporcionar agradável convívio entre os
professores de todas as instituições de Ensino Fundamental, Médio e Superior,
escolas públicas ou particulares do Estado do Rio Grande do Sul.
Cito as palavras da
Professora Maria Helena Santos Rocha, sócia-fundadora e Primeira Tesoureira do
Clube: “O espírito dos professores - mulheres e homens - que, com arrojo e
certeza inauditos, criaram o Clube do Professor Gaúcho foi basicamente o de
união da categoria em todos os níveis para a função de bem-estar,
confraternização, alegria e descanso da luta profissional, com renovação de
forças para prosseguir educando as gerações rumo a um futuro melhor. Para
tanto, a prática de esportes e de todas as modalidades de desenvolvimento do
espírito e do corpo eram consideradas imprescindíveis. Isso demonstraria à
sociedade gaúcha e aos governantes a capacidade não só de idealizar como também
de concretizar seus sonhos.”
Portanto, como
professores na gestão desta entidade tão cara e querida para toda a classe de
educadores, ao assumirmos a Diretoria, temos a responsabilidade e o compromisso
com essa história de paixão e superação, cujo legado está traduzido, à
perfeição, no nosso lema: o sonho de uma classe materializado em concreto.
Hoje temos o
privilégio de viver um sonho realizado que marcou e marcará profundamente
gerações e gerações de professores que encontraram no Clube do Professor Gaúcho
o espaço para bem estar e bem viver, para confraternização em família, entre
amigos e colegas. Mas esse privilégio nos lança, a cada dia, o imenso desafio
de viver o amanhecer de um novo ciclo à frente da gestão que tenho a honra de
presidir; uma gestão que, com muito mais do que competência, deve ser exercida
com virtude.
Ao longo dos 44 anos
de existência, o Clube do Professor Gaúcho tem superado todos os desafios para
manter a qualidade de suas instalações e a excelência dos serviços prestados
aos associados, mantendo, ao mesmo tempo, uma programação de atividades sociais
e culturais, como a Jornada do Educador, as homenagens aos professores,
encontros e bailes, almoços, jantares e chás comemorativos bem como atividades
beneficentes, de lazer e de culto às tradições regionais.
Temos o CTG Laço da
Querência, filiado ao MTG, que completa 25 anos e participa, todos os anos, do
Acampamento Farroupilha, além de promover aulas de danças tradicionalistas para
as invernadas - mirim, juvenil, adulto e xiru. Temos ainda concursos de prendas
e peões, fandangos e ações de integração com outros centros de tradicionalismo.
O Departamento
Reviver, em constante atividade desde 1992, composto essencialmente de
professores aposentados, tem por objetivo a convivência, o lazer e a cultura em
encontros semanais, reunindo 145 participantes para oportunizar momentos de
confraternização, festividades e campanhas de solidariedade.
O Departamento Coral,
que completa 15 anos, é uma das atrações culturais de maior destaque. O grupo
vocal, formado por associados e beneficiários, se reúne todas as semanas para
aperfeiçoar o canto e se apresenta não só em ocasiões festivas do Clube, mas em
escolas, hospitais e eventos de professores na Capital e em diversas cidades do
interior do Estado.
Esses são alguns
exemplos da nossa dedicação permanente à promoção de atividades sociais e
culturais qualificadas e sintonizadas com a identidade classista do professorado
gaúcho.
É importante destacar
que, no curso dessa trajetória, o Clube do Professor Gaúcho tem a preocupação
de garantir a permanência do associado ao manter a mensalidade sempre dentro de
um patamar que atenda à realidade salarial dos professores, o que significa a
cobrança de uma mensalidade de 35 reais para usufruto das sedes, cuja
infraestrutura não deixa a dever aos clubes tradicionais de Porto Alegre e do
Estado.
Apesar de sofrermos
revezes, como uma condenação em ação trabalhista por serviço de terceiros, que
obrigou a venda da sede da Zona Norte, em Porto Alegre, temos muito orgulho do
cumprimento de todas as obrigações trabalhistas, legais e tributárias, o que
faz do Clube do Professor Gaúcho um dos poucos clubes do Estado com ficha limpa.
Porém, a despeito da
política de adequação da mensalidade à realidade salarial dos professores, o
Clube do Professor Gaúcho passou de 25 mil associados, nos idos dos anos 1970 e
1980, para a metade do seu quadro social no período final da década de 1990 e
início da primeira década do século XXI.
O advento das
transformações socioculturais e urbanas foi dinamizando um novo comportamento
familiar e ensejando novos hábitos e despesas que passaram a concorrer
diretamente com os clubes sociais. É o caso dos espaços comerciais, como os shopping centers, as academias de
ginástica integradas aos prédios e condomínios e o consumo de serviços
eletrônicos, como TV fechada, celulares e computadores domésticos, além da
recente formação de redes sociais virtuais em substituição aos círculos
presenciais de relacionamento. Essa verdadeira revolução dos costumes
transformou a realidade das famílias e mudou, para sempre, a relação delas com
os espaços de sociabilidade constituídos pelos clubes sociais, culturais e
esportivos.
Contudo, a manutenção
da infraestrutura das sedes sociais e todas as benfeitorias necessárias ao
aprimoramento do atendimento das novas demandas de serviços aos associados
continuam com crescimento exponencial a cada ano, fazendo com que muitos clubes
tradicionais vivam situações insuportáveis e insustentáveis.
O enfrentamento dessa
realidade faz com que o Clube do Professor Gaúcho projete um novo modelo de
atuação social e institucional, indicando um prumo e um norte para preparar a
trajetória dos nossos 45 anos com a maturidade e a autoridade necessárias para
assumir um novo papel comunitário, um papel que valorize o DNA do professor,
com foco na educação, mas muito além do simples espaço de lazer e
sociabilidade, um papel que projete o Clube do Professor Gaúcho como agente
social e ambiental, inserido também como protagonista das questões relevantes
que fazem parte do dia a dia dos educadores e educandos, em especial, e da
comunidade, da Cidade e do Estado, em geral.
Esse novo papel de
agente social se reflete na realização do Projeto Bosques Nativos, em parceria
com SMAM, SMED e Fundação Zoobotânica, para promover educação ambiental aos
associados, comunidade, escolas públicas da Zona Sul, já iniciado na sede de
Ipanema, em Porto Alegre; na realização do Projeto Educador Cidadão, em
parceria com a Associação Esportiva dos Deficientes Físicos de Porto Alegre e
com o Ministério do Esporte, através da Secretaria Nacional de Esporte e Lazer,
para promover a inserção social e cidadã através do esporte adaptado, nas
modalidades tênis, voleibol, badminton,
futebol de salão e natação; na idealização do Projeto Educador Plural, em
parceria com o Ministério da Cultura, através do Projeto Mais Cultura, para
incrementar as atividades culturais também voltadas à capacitação digital dos
professores associados, bem como a inclusão digital comunitária extensiva aos
alunos de baixa renda das escolas públicas do entorno das sedes do Clube do
Professor Gaúcho.
Com essa demonstração
de planejamento, trabalho e dedicação para superação dos desafios e o exercício
de um novo modelo de gestão no papel de agente sociocultural e ambiental é que
vimos convidar a Câmara Municipal de Porto Alegre a se tornar nossa parceira
estratégica, a fim de se constituir em permanente apoiadora dos projetos do
Clube do Professor Gaúcho. São parcerias dessa qualidade, com atores públicos
desse quilate, que renovam nossos sonhos, ampliam horizontes, multiplicam o
potencial de relacionamento e possibilitam a articulação de projetos e
programas voltados à comunidade, às escolas e aos educadores; parcerias que
projetam, no imaginário social e no ideário institucional, um novo patamar de
valorização do Clube do Professor Gaúcho para a sociedade do Rio Grande do Sul.
Agradeço a esta Casa a oportunidade de me dirigir a tão especial audiência e
renovo, em nome da Diretoria do Clube do Professor Gaúcho, os votos de estima e
consideração a todos os Vereadores e Vereadoras. Obrigada e boa-tarde.
(Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Convido a Srª
Iara Malta para fazer parte da Mesa.
De imediato, passo a
palavra ao Ver. João Bosco Vaz, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente, quero cumprimentar a Professora Iara;
o Sr. Sílvio, seu esposo, que está presente; a Diretoria do Clube Professor
Gaúcho, e gostaria de dizer aos companheiros, Vereadores e Vereadoras, que
conheço muito bem, Professora Iara, o trabalho que, lá no Clube, é
desenvolvido, tanto no aspecto social quanto no cultural; no segmento
esportivo, com o Professor Dodô, com o Professor Branco. Conheço também o
trabalho profícuo que Vossa Senhoria faz e que já vinha fazendo junto com a
Professora Conceição, Presidente da Federaclubes - Federação Gaúcha de Clubes
Sociais, Esportivos e Culturais, e a quem a senhora sucede.
Nós somos agradecidos
ao Governo Fortunati pela parceira que temos com a Secretaria Municipal de
Esportes, com as nossas crianças presentes lá no Clube do Professor Gaúcho.
Quero dizer que esta Casa está sempre à disposição para acompanhar o trabalho
que é feito e ajudar no que for necessário. Parabéns, Professora. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Dr.
Raul está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DR. RAUL: Presidente Mario
Manfro, eu expresso, com muita satisfação, a possibilidade de me dirigir a uma
amiga, à Professora Iara Malta, com a qual já tive algumas lutas em comum.
Quero também lembrar da Presidente da Federaclubes, Maria da Conceição Pires. A
gente, que conhece o Clube do Professor Gaúcho há muito tempo - já participamos
de várias atividades lá -, fica muito feliz em ter esse segmento aqui na Câmara
de Vereadores, que é o segmento dos clubes sociais, esportivos, culturais, da
nossa Cidade, porque, realmente, esse é um segmento que precisa ser valorizado.
E não é à toa que o Clube do Professor Gaúcho, nos seus 44 anos, tem feito esse
serviço para a sociedade, em especial para os nossos professores, para os seus
dependentes, dando lazer, cultura, facilitando o esporte. E eu quero dizer que
a gente é sempre parceiro. Eu, que já fui Presidente de um clube social nesta
Cidade, do Petrópolis Tênis Clube, sei das dificuldades enfrentadas nas gestões
dos clubes.
Então, eu quero
cumprimentá-la, e, em nome do PMDB, de todos os Vereadores do nosso Partido, e,
com toda certeza, de toda Casa, transmitir a nossa sensação de que a senhora
realmente está num caminho bom, num caminho determinado, que é o de levar o
Clube do Professor Gaúcho, e não apenas ele, mas todos os segmentos dos clubes
sociais, para um patamar cada vez mais alto e com mais força na cidade de Porto
Alegre.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. João
Carlos Nedel está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Eu quero, em
nome da minha Bancada, do Partido Progressista - em meu nome, do Ver. João
Antonio Dib, nosso Líder, e do Ver. Beto Moesch -, dar as boas-vindas à
Professora Iara Teresinha Bernardes Malta, Presidente do Clube do Professor
Gaúcho. Todos nós conhecemos o Clube do Professor Gaúcho, mas eu não conhecia
os detalhes que a senhora veio aqui nos trazer e nos informar. É muito bom que
haja esse diálogo com a Câmara de Vereadores. E aí eu fiquei sabendo dos 11 mil
associados, dos 25 mil beneficiários do nosso Clube; fiquei sabendo que a
Professora Thereza Noronha foi a fundadora; fiquei sabendo que vocês têm o
coral, o conjunto de tradição e folclore, e estou a par de vários eventos
beneméritos, sociais e solidários que vocês fazem no Clube. Isso é muito
importante.
A senhora veio aqui
pedir a parceria estratégica da nossa Câmara para os novos conceitos sociais,
para os novos programas da educação ambiental, tão necessários hoje em nossa
Cidade; é só ver o tratamento que a população dá para o lixo na nossa Cidade,
por falta de uma educação ambiental adequada. Também quero cumprimentá-la pelo
Projeto Educador Cidadão, que é a inserção através do esporte, que o Ver. João
Bosco Vaz tão bem fez junto à Secretaria do Esporte na nossa Cidade. Também
existe o Projeto Mais Cultura, a capacitação digital dos associados, e também
aberto aos alunos das escolas do entorno, aos alunos carentes. Pode ter certeza
que, se depender da Bancada do Partido Progressista, essa parceria estratégica
que a senhora está pedindo será muito bem aceita...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Pedro
Ruas está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. PEDRO RUAS: Meu prezado
Presidente, Ver. Mario Manfro; Srª Iara Malta, eu tenho alegria de conhecer o
Clube do Professor Gaúcho, e falo aqui em meu nome e em nome da minha colega de
Bancada, Verª Fernanda Melchionna. Essa atividade que, além da função
recreativa e assistencialista que sempre marcou, de forma positiva, o Clube do
Professor Gaúcho, tem também essa nova ênfase na atividade social, que nós, do
PSOL, valorizamos muito. Sabemos que o que a senhora nos traz aqui de
informação é algo que pode e vai fazer - como já faz, mas fará ainda mais -
diferença na comunidade.
Então, receba de nós,
Vereadores do PSOL, a solidariedade e o incentivo a esse trabalho, a admiração
e o compromisso de poder contar conosco sempre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Presidenta Iara;
Diretoria do Clube do Professor Gaúcho, em nome da Bancada do Partido dos
Trabalhadores, nós queremos reconhecer o papel histórico, social e cultural que
o Clube tem cumprido em relação aos professores, fundamentalmente aos
professores do Estado do Rio Grande do Sul.
Há muito tempo, fui
sócia, por um período - quando entrei no Estado; saí e sei do quanto é
aprazível aquele lugar, do grande esforço de acolhimento. Sei que, para os
professores estaduais conseguirem ter acesso e se manterem sócios de um clube
não é fácil, porque esta é uma categoria muito vilipendiada no seu salário, nas
suas condições de trabalho. Então, sabemos que o Clube deve sofrer muito com
isso, porque a categoria tem pouco poder aquisitivo, trabalha demais, é muito
sofrida e tem muitas mães de família.
Acho que o Clube é
parte dessa história dos professores estaduais. Temos muito carinho pelo Clube.
Todas as vezes, inclusive, que apoiamos os professores, tentando manter o Clube
aberto, em vários espaços, foi neste sentido; nós queremos que o Clube cresça,
que seja cada vez mais dinâmico, mais criativo e que cresça junto com a
categoria dos professores do Estado do Rio Grande do Sul.
Tenho certeza de que
o Governador eleito, Tarso Genro, será parceiro desta categoria e do Clube
também. Conte com a Bancada do PT aqui na Câmara. Um grande abraço.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente;
Professora Iara, nossa Presidenta do Clube; quero também saudar a Direção do
Clube do Professor Gaúcho, que aqui está; todos os associados, e dizer que falo
em meu nome e em nome do PSB neste momento.
Falar do Clube do
Professor Gaúcho significa falar e relembrar tempos lá de quarenta anos atrás.
Minha mãe é professora estadual aposentada, tem 84 anos e, desde a fundação do
Clube, lá nos primeiros momentos, ela era uma associada. Então, eu tenho o
privilégio de ter participado de eventos do Clube, tenho o privilégio de
acompanhar as ações que o Clube desenvolve e quero dizer que estamos aqui na
Câmara representando o cidadão de Porto Alegre. Que bom conversarmos sobre uma
instituição da grandeza que é o Clube, pelo número de associados que tem, e
para dizer da grandeza do Clube pelo que ele representa para a sociedade
gaúcha. Quero ainda dizer que ele representa não só Porto Alegre, mas é sua
característica ter associados no Estado todo.
A Câmara,
participando, auxiliando, colaborando com parcerias propostas, está atuando
como Porto Alegre, e também o seu papel como uma instituição da Capital do
Estado gaúcho, ou seja, a partir daqui, se irradiam ações pelo Estado todo. Um
abraço à senhora. Parabéns! Estamos juntos nesta caminhada. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Nilo
Santos está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, Ver.
Mario Manfro; Srª Iara, em nome da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro,
queremos nos solidarizar com o trabalho realizado pelo Clube do Professor
Gaúcho e dizer que a senhora pode contar com a nossa Bancada no que for
necessário para apoiarmos as atividades do Clube; para o que for necessário e
no que estiver ao nosso alcance, nós estamos à disposição para nos empenhar
juntamente com a senhora e com sua equipe de trabalho. Falo isso em nome do
Ver. Tessaro, Presidente desta Casa; do Ver. DJ Cassiá; do Ver. Brasinha; do
Ver. Maurício Dziedricki e deste Vereador. Parabéns! (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores; cara homenageada, ilustre Professora Presidenta do
Clube do Professor Gaúcho, que nos dá o prazer da sua visita no dia de hoje e
nos brinda com informações preciosas a respeito da atuação do Clube, que é tão
competentemente por ela dirigido, é evidente que eu assumo, neste momento, o
risco calculado de ser repetitivo, porque tenho que me agregar a todas as
manifestações que já ocorreram das inúmeras Bancadas que vieram a este
microfone prestar a sua solidariedade, a sua homenagem ao Clube do Professor
Gaúcho; à opinião do Democratas, que, da mesma forma, se integra nessa corrente
positiva de reconhecimento ao belo trabalho que, pioneiramente, o Clube do
Professor Gaúcho faz aqui, na Zona Sul de Porto Alegre, até mesmo quando
decidiu se colocar numa área que era praticamente onde Porto Alegre começava a
se ramificar. E, hoje, em torno do Clube do Professor Gaúcho, desenvolve-se um
dos mais belos bairros da Cidade de Porto Alegre, até como decorrência da
valorização que a região teve com a instalação do Clube naquele local.
Os colegas que me
antecederam foram felizes ao enfatizar esta nova realidade, no sentido de que
os clubes que nasceram com ideia de ser sociorrecreativos foram,
gradativamente, ensejando a promoção do esporte, do esporte não competitivo,
mas do salutar esporte, e, de outra ponta, ensejando promoções culturais que
solidificam mais ainda a atuação de agremiações como o Clube do Professor
Gaúcho, que nós, com o maior prazer, reconhecemos e proclamamos neste dia.
Meus cumprimentos à
senhora, a todo corpo diretivo e ao corpo de associados do Clube do Professor
Gaúcho por ter, lá na Zona Sul de Porto Alegre, essa pujante agremiação. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Toni
Proença está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver.
Mario Manfro; Professora Iara Teresinha, em nome da Bancada do PPS, quero
colocar a Bancada à disposição do Clube, que faz esse belíssimo trabalho há
muito tempo, a de ter uma atividade social, esportiva, de confraternização
dessa que era uma categoria profissional, como eu costumo dizer, mais
importante quando eu era guri - faz pouco tempo. Nós tínhamos um respeito e uma
admiração muito grande pelos professores, como temos até hoje; só não temos é a
valorização adequada dessa profissão. E o Clube, além de divulgar esse trabalho
dos professores, ainda oportuniza esse trabalho de confraternização, esse
trabalho de convivência social e desportiva. Parabéns pelo trabalho, e conte
com a nossa Bancada. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Agradecemos a
presença da Srª Iara Teresinha Bernardes Malta, e suspendemos a Sessão por dois
minutos para as despedidas.
(Suspendem-se os
trabalhos às 14h37min.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro – às 14h38min): Estão reabertos os trabalhos da presente Sessão. Solicito que os
senhores Líderes das Bancadas se aproximem da Mesa Diretora. (Pausa.)
Em votação o
Requerimento, de autoria das Lideranças da Casa, que solicita a inversão da
ordem dos trabalhos, para que possamos ingressar imediatamente na Ordem do Dia.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A Verª
Fernanda Melchionna solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares no
dia 30 de setembro de 2010. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam
o Pedido de Licença permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A Verª Fernanda
Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu não poderia me
furtar - em nome da Liderança do PSOL - de fazer um balanço desse período
eleitoral e uma homenagem devida nesta tribuna.
O primeiro balanço
necessário a ser feito é que a eleição de 2010 demonstrou que, neste País, a
política-business - ou seja, a
transformação da política em uma arte de marqueteiros, das grandes máquinas
eleitorais, da tradução de imagens, muito mais do que o debate de conteúdo -
ficou marcada no resultado dessas eleições, com a sua transformação em um
verdadeiro negócio dos grandes marqueteiros, que ganham milhões e milhões de
reais para ver o que o povo quer e fazer com que os políticos façam discursos e
promessas - aliás, há muitos “promessômetros” por aí - por intermédio daquilo
que o povo precisa.
Eu queria dizer que,
neste País em que, supostamente, está tudo muito bem; neste País em que vimos
propagandas cor-de-rosa e azul do cenário eleitoral; em que parece que não há
problemas na Saúde, na Educação, no acesso ao trabalho; no “país das
maravilhas”, elege-se, com 1,2 milhão de votos, um Tiririca, a expressão da
palhaçada ou a expressão do ceticismo de um setor do povo diante da política
tradicional ou das negociatas feitas nas Câmaras e no Congresso do nosso País.
Mesmo com essa expressão de ceticismo, de ver que, além de se elegerem pessoas
que não têm nenhum compromisso com a classe trabalhadora, ainda com esse
festival de votos, levam, junto, na cola, “mensaleiros” do nosso País.
Eu queria falar aos
companheiros e companheiras, sobretudo para a população que nos assiste, que o
nosso Partido - que surgiu para ser uma alternativa - cresceu no processo
eleitoral. Nós conseguimos, a partir da nossa força, do trabalho sério do
Marcelo Freixo, do Chico Alencar, nos fortalecer nacionalmente como alternativa
coerente, inclusive na Bancada no Senado e na Câmara Federal. Orgulho-me de
ver, na expressão do Pedro Ruas, uma alternativa coerente na campanha do
Governo do Estado, mostrando propostas para os nossos trabalhadores; e, na
expressiva votação do nosso Presidente Estadual, Roberto Robaina, um alento
para aqueles que denunciaram a corrupção e lutaram pelos direitos da classe
trabalhadora.
Eu queria agradecer,
com muito orgulho, os 130 mil votos da nossa querida Luciana Genro; os 130 mil
votos na marca daqueles e daquelas que não se renderam e não se venderam. Para
mim, ela é um exemplo de Deputada que sempre esteve no campo de batalha, que
foi coerente quando o Governo era do Olívio Dutra, para apoiar a luta dos
professores; que foi coerente na luta contra as privatizações do nosso Estado;
que foi coerente quando o Governo quis atacar a Reforma da Previdência, o que ela
aprendeu, naquele Partido, que era ruim, porque atacava direitos, que ampliar
tempo de contribuição era nefasto para a classe trabalhadora neste País. Em
2003, ela manteve a mesma posição que ela aprendeu a vida inteira, o que foi um
exemplo na luta para que os banqueiros e os bancos pagassem mais impostos neste
País e se desonerasse a classe trabalhadora assalariada. Ela foi um exemplo na
luta contra a corrupção em qualquer esfera, porque não adianta a “ética do
Mampituba”, a de que do Rio Grande do Sul para cima não se fala de corrupção;
do Rio Grande do Sul para baixo, se fala - ou o contrário. Temos que ser
coerentes nos passos, na trajetória e naquilo que se defende.
Eu queria fazer a
minha homenagem, o agradecimento pelos 130 mil votos, e dizer da falta que faz,
na Câmara, uma deputada federal como a nossa aguerrida Luciana Genro, que
seguirá no campo de batalha pelo fim do fator previdenciário, pelo reajuste dos
aposentados vinculados ao mínimo, no combate à corrupção e na defesa do sistema
tributário mais justo.
Eu queria terminar
com Darcy Ribeiro, que sempre disse: “Das lutas que eu fiz, a maioria eu perdi,
mas nunca, em nenhum minuto da minha vida, eu queria estar do lado daqueles que
ganharam.” Muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Gostaria de
passar às mãos do Ver. Reginaldo Pujol um cartão da Câmara de Vereadores, pela
passagem do seu aniversário, no dia 1º de outubro.
(Procede-se à entrega
do cartão.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver.
Engenheiro Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder e, após,
prossegue com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Mario Manfro; colegas Vereadores, Vereadoras; senhoras e
senhores, quero aqui, nesta primeira Liderança, da oposição, em nome do meu
Partido - o PT -, do PSOL e do PSB, iniciar cumprimentando esses Partidos por
participarem do processo eleitoral, com o nosso candidato a Governador, que foi
o Ver. Pedro Ruas, que trouxe para a democracia do Rio Grande do Sul um debate
sempre fraterno e que contribuiu imensamente nesse momento eleitoral; com Ver.
Ferronato, que participou como candidato a Deputado, e com os nossos quatro
colegas da Bancada, que participaram como candidatos a Deputados, Ver. Aldacir
Oliboni, Verª Maria Celeste, Ver. Todeschini, Ver. Mauro Pinheiro, o que, no
somatório dos seus votos, contribuíram com mais de oitenta e cinco mil votos
para compor a Bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa.
Quero cumprimentar todos os colegas Vereadores da situação que disputaram essas
eleições e que contribuíram para esse processo democrático. Inicio
cumprimentando a nossa colega, Vereadora eleita, Juliana Brizola, e todos os
demais candidatos que participaram desse processo eleitoral.
Quero dizer que é
iminente e necessário que nós venhamos a fazer uma frente política para a
Reforma Política neste País, porque, em cada processo eleitoral de que
participamos, a dificuldade de os proporcionais trabalharem e fazerem uma
campanha política é algo doloroso - acho que essa é a palavra mais correta. Uma
campanha política não poder ser da pessoa candidata, tem que ser do seu
Partido, de um projeto político. Portanto, a Reforma Política é um tema que o
PT e a oposição, estão trazendo. E esse próximo período é necessário para que
possamos enfrentar e qualificar o processo da democracia no Brasil. Está
totalmente obsoleta a atual legislação eleitoral, totalmente desqualificada.
Portanto, aqui, em
nome dos Partidos de oposição, e junto com os demais Partidos, quero
cumprimentar todos os colegas Vereadores, de todos os Partidos que contribuíram
nesse processo de disputa e de fortalecimento da democracia, mas é impossível
continuarmos fazendo disputa com a atual legislação eleitoral, que remete aos
colegas, a todos os candidatos que se propõem a contribuir com o processo
democrático, uma verdadeira maratona pela desigualdade que se apresenta, ou
seja, com cada candidato sendo responsável inclusive pela captação de seus recursos,
de uma forma muito desigual, de uma forma injusta e de uma forma desqualificada
pela legislação existente.
Eu gostaria de dizer
a todos que as nossas Bancadas de oposição na Câmara Municipal de Porto Alegre
se propõem, neste próximo período, a enfrentar e fazer esse debate. E eu já
sugeriria, aqui, em nome da oposição, que pudéssemos iniciar uma frente pela
Reforma Política neste País, porque a democracia ganhará muito com isso,
principalmente nos processos eleitorais.
Neste segundo
momento, agora em nome da minha Bancada, o PT, em Comunicação de Líder pela
oposição, quero agradecer o empenho feito por toda a nossa Bancada nesse
processo eleitoral, agradecendo também aos Partidos da Unidade pelo Rio Grande
- PT, PCdoB, PSB, PR -, que construíram a vitória do nosso futuro Governador,
Tarso Genro.
O futuro Governador,
Tarso Genro, tem o propósito muito claro de trabalhar com todos os Partidos,
inclusive convidando o próprio PDT para compor essa coalizão, a frente, a união
pelo Rio Grande, e, com os Partidos da oposição, manter um diálogo permanente,
fraterno e aberto para enfrentarmos os temas que o Estado precisa enfrentar. A
disposição do futuro Governador é, de imediato, abrir o diálogo do Rio Grande
com o Brasil e com o mundo por meio de propostas e projetos, e, para isso, tem
que dialogar com todos os Partidos, principalmente os de oposição. As
divergências e as diferenças, na democracia, são necessárias. A partir das
divergências, constrói-se a síntese das qualidades políticas, e o Rio Grande merece
e necessita disso neste momento.
O futuro Governador,
Tarso Genro, propõe-se, sim, a enfrentar os temas da reforma tributária, da
reforma política e das reformas sociais que o Brasil precisa construir neste
próximo período, e o Estado tem que se fazer presente e atuante nesses temas.
Em nome dos Partidos
que compuseram a Unidade Popular Pelo Rio Grande, eu quero, neste tempo de
Liderança do Partido dos Trabalhadores, cumprimentar todos os colegas que
participaram desse processo de disputa, principalmente dos Partidos que
integraram a Unidade Pelo Rio Grande, que resultou nessa vitória magnífica de
Tarso Genro ontem, nas urnas, inédita na história do Rio Grande do Sul. Pela
primeira vez, é eleito um Governador do Estado do Rio Grande do Sul no primeiro
turno. Então, isso marca um momento importantíssimo e, certamente, é um
registro para a história política do Rio Grande do Sul.
Tarso Genro já foi,
por duas vezes, Prefeito da nossa Capital e Ministro de duas Pastas; iniciou um
processo de revolução da educação neste País, com a ampliação das escolas
técnicas, com o ProUni, com a inclusão social no sistema educacional. No
Ministério da Justiça, ele enfrentou o tema da insegurança, ou da falta de
segurança, criando o tema dos Territórios de Paz através do Pronasci, iniciando
essa discussão. Hoje, o Rio de Janeiro é um dos exemplos, e, aqui no Rio Grande
do Sul, esse Projeto andou muito pouco, mas, por conta do futuro Governador,
será uma das prioridades o enfrentamento da insegurança, a política de
segurança e a construção dos Territórios de Paz. Ver. DJ Cassiá, a Vila Bom
Jesus aguarda por um desses projetos, e certamente será um dos primeiros
projetos que o Governo do Estado do Rio Grande do Sul enfrentará na cidade de
Porto Alegre.
Portanto, colegas
Vereadores e Vereadoras, em nome do nosso Partido e do futuro Governador do
Estado do Rio Grande do Sul, queremos cumprimentar todos os colegas que
participaram deste processo de afirmação da democracia e dizer que o Rio
Grande, a partir de 2011, viverá um novo momento, um momento de afirmação
política, de diálogo, de construção, de soberania e de consolidação de uma
política nacional que, no próximo período, iremos certamente construir no
Brasil, com o segundo turno, realinhando o Rio Grande ao Governo que o Presidente
Lula já iniciou neste País. Um grande abraço a todos, muito obrigado, e
parabéns aos colegas que disputaram o processo eleitoral representando o nosso
Partido. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Esta Mesa acolhe a sua sugestão, Ver. Engenheiro Comassetto. Apenas
sugerimos que a faça por escrito, para que possamos levá-la para discussão com
a Mesa Diretora. Aproveitamos para dizer que o nosso Presidente está em
exercício do cargo de Prefeito. Dessa forma, sugerimos que V. Exª faça a sua
sugestão por escrito, inclusive colhendo as assinaturas dos demais Vereadores,
porque me parece que esse sentimento é coletivo nesta Casa.
O Ver. Idenir Cecchim
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Ver.
Bernardino Vendruscolo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, hoje
tinha tudo para ser um dia de ressaca para quem perdeu ou para quem não se
elegeu. Eu estava ouvindo atentamente o pronunciamento do Ver. Comassetto e considero
que foi um bom e belo pronunciamento, Verª Fernanda Melchionna, mas, ao invés
de ser só de muita alegria para quem venceu a eleição - e os cumprimento pelo
novo Governador, Tarso Genro - e de tristeza para quem não se elegeu, pelo
contrário, acho que todos estamos aqui com o sentimento do dever cumprido
porque fizemos o que podíamos ter feito. Muitas vezes, não fazemos o que
deveríamos, mas o que eu podia eu fiz, de maneira tranquila, transparente,
olhando as aberrações, os exageros.
Em relação à nossa
legislação sobre o uso das placas, dos cavaletes, foi um absurdo o que
aconteceu em Porto Alegre! Na eleição a Vereador e Prefeito, passada, não se
podia colocar cavalete, e nesta foi um absurdo. A Justiça Eleitoral tem que
fazer um pouquinho mais e cumprir o que promete. Ela cobra tanto dos
candidatos, mas está na hora de cobrarmos da Justiça Eleitoral, que prometeu
que não haveria boca de urna, e o que vimos ontem foi um absurdo: boca de urna
em todas as urnas! Então, que não prometa; se não pode cumprir, que não
prometa. Eu não tenho nenhum problema de cobrar da Justiça Eleitoral que cumpra
o que diz. Eu cumpri, não coloquei boca de urna em nenhuma urna em Porto
Alegre. Agora, não foi o que aconteceu; a Justiça Eleitoral não cumpriu com o
que prometeu, coibir a boca de urna - não coibiu em nenhum lugar!
Algumas Promotoras e
alguns Promotores foram, fecharam comitês no Interior, mas isso foi a exceção.
A grande realidade é que foi a casa da mãe joana perto de todas as urnas, perto
de todos os locais de votação, cheios de boca de urna, identificados,
uniformizados! Isso não era para fazer nem durante a campanha eleitoral, e se
permitiu em boca de urna! Prendeu-se um aqui, um ali, mas muito raramente. Acho
que se tem que cobrar da Justiça Eleitoral; com todo o respeito, mas tem que
começar a cobrar também. Nós somos tão cobrados - e com razão; acho que temos
de ser cobrados, o candidato tem de ser cobrado -, mas a Justiça Eleitoral tem
que cobrar também muito forte, porque, senão, vira uma esculhambação. As ruas
de Porto Alegre viraram uma coisa! Quem não estava pronto para botar cavalete
foi obrigado a colocar. Eu tinha placas com autorização em toda a Cidade e me
vi obrigado a colocar um cavalete, até porque os eleitores começam a pedir:
“Cadê o teu nome? Cadê o teu nome?” Virou, realmente, uma coisa desagradável a
campanha política em Porto Alegre.
Queremos dizer que os
vinte e poucos mil eleitores que votaram em mim não vão se arrepender. Eu vou
continuar com a mesma postura, e tenham a certeza de que os colegas Vereadores
que foram candidatos também fizeram o máximo, fizeram bastantes votos,
cumpriram com o seu dever cívico e estão preparados para a próxima eleição,
daqui a dois anos, porque nós vamos disputar a eleição daqui a dois anos
também. Eu só espero que a Justiça Eleitoral faça o que diz e que faça cumprir
a Lei. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Nilo
Santos está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, Ver.
Mario Manfro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; senhoras e senhores,
cumprimento todos neste momento. Neste momento de Liderança, em nome do meu
Partido, em nome dos Vereadores Nelcir Tessaro, DJ Cassiá, Maurício Dziedricki
e Alceu Brasinha, quero também aqui, Ver. DJ Cassiá, cumprimentar todos que
disputaram esta eleição. O resultado final é o que menos importa, porque o
valor que tem uma pessoa que apresenta o seu nome, que coloca o seu nome à
disposição para trabalhar pela sociedade é um valor enorme, é um valor superior
à quantidade de votos que obtém, Ver. DJ Cassiá - estou falando de gente séria
que apresenta os seus nomes para fazer um trabalho sério. Então, vão aqui os
meus cumprimentos.
Faço também uma
saudação toda especial ao nosso colega de Bancada, o Ver. Maurício Dziedricki,
que, como Vereador, foi a Deputado Federal e fez quase sessenta e sete mil
votos, ficando na primeira suplência. Então, merece, sim, o nosso
reconhecimento. A nossa Bancada está lisonjeada, porque não é fácil, não é fácil
sair da vereança e fazer uma votação expressiva dessas.
Quero parabenizar
também o novo Governador do Estado, o Governador Tarso Genro.
Quero abordar aqui um
tema, Verª Maria Celeste - a senhora, que também fez uma votação expressiva -,
fazendo algumas análises. Vai aqui uma sugestão, Verª Maria Celeste: que
possamos, aos poucos, ir tirando as famílias que recebem o Bolsa Família do
programa. Existe um processo, é claro, para que as pessoas, na medida em que
vão melhorando de vida, saiam do cadastro do Bolsa Família. O meu pedido, Verª
Maria Celeste, é para que possamos acelerar esse processo, porque, nas
oportunidades que tivemos de andar pela Cidade e por alguns Municípios aqui do
Estado, acompanhando nossos companheiros de Bancada, percebemos que há muitas
famílias extremamente pobres que hoje não estão cadastradas no Bolsa Família,
Ver. DJ Cassiá; pessoas com dois, com três filhos, que hoje estão fora desse
cadastro, Ver. Aldacir Oliboni. Nós precisamos ter um dispositivo que seja mais
ágil para ir retirando as pessoas do cadastro, pessoas que vão melhorando de
vida, porque a melhor política social não é o Bolsa Família, é o emprego, e nós
precisamos criar um dispositivo para facilitar o acesso dessas pessoas que hoje
estão no Bolsa Família, priorizando vagas de emprego, para que elas possam,
entrando nessas vagas, abrir espaço para que outras famílias pobres, Ver.
Oliboni, as ocupem. Esse dispositivo de aceleração do cadastro para a entrada
de novas famílias precisa ser trabalhado. Esperamos que agora a nova
presidência do País possa trabalhar com muito carinho em cima deste
dispositivo: a retirada das pessoas do cadastro do Bolsa Família, trocando o
Programa pelo emprego; trocando o Bolsa Família pelo emprego! É necessário que
se debruce sobre esse dispositivo e se faça com que ele seja mais ágil e mais
versátil.
Então, fica aqui o
meu apelo para que se tenha um cuidado todo especial, porque há muita gente que
é extremamente pobre, com dois, três filhos, que hoje está fora do cadastro do
Bolsa Família, Dr. Raul, e que precisa ingressar, mas, para isso, outros têm de
sair, para que esse espaço seja aberto. Essa abertura tem que ser trabalhada
com todo o carinho, com todo o afinco, para facilitarmos a vida dessas pessoas
que realmente são as que mais precisam. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro – às 15h11min): Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
PROC.
Nº 3021/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 026/10, que institui
abono salarial aos detentores do cargo efetivo de Médico da Secretaria
Municipal de Saúde, da Administração Centralizada do Município, estende o abono
salarial aos Médicos municipalizados que desempenham suas atividades em órgãos
dessa Secretaria e dá outras providências. Com Emendas nos
02 e 03.
Parecer Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral Ver. Reginaldo
Pujol: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 01-09-10;
- retirada a Emenda nº 01.
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em votação o
PLE nº 026/10. (Pausa.) Apenas para relembrá-los: da última vez em que
apreciamos este Projeto, nós estávamos votando a Emenda nº 03, destacada, e
faltou quórum. Então, nós vamos reiniciar com a votação da Emenda nº 03. Vou
lê-la (Lê.): “Acrescente-se, onde couber, o seguinte artigo: o abono de que
trata o presente Projeto de Lei somente será devido caso o funcionário cumpra
integralmente a carga horária do cargo”. Esta Emenda é assinada pelos
Vereadores Idenir Cecchim, Luiz Braz e Haroldo de Souza.
Em votação nominal,
por solicitação do Ver. Pedro Ruas, a Emenda nº 03, destacada, ao PLE nº
026/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 03 votos SIM, 17 votos NÃO e 04 ABSTENÇÕES.
Em votação nominal,
por solicitação do Ver. Pedro Ruas, a Emenda nº 02, ao PLE nº 026/10. (Lê.):
“Art. 1º - Dá nova redação ao art. 1º do Projeto de Lei nº 026/10, que passa a
ser: fica instituído um abono salarial aos detentores de cargo efetivo na
Administração Centralizada do Município”. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 09 votos SIM, 12 votos NÃO e 06 ABSTENÇÕES.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr.
Presidente, eu gostaria de fazer um registro, para questão de esclarecimento,
uma vez que não tem como encaminhar, que eu acho que seria justo terem sido
comunicados os dois sindicatos envolvidos no processo, apesar das opiniões
diversas, porque tem a ver com categorias importantes que deverão ser ouvidas
na votação deste Projeto.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Quero discordar do
posicionamento da Vereadora, porque, das outras vezes, eles sabiam que
estávamos aqui para nos reunirmos, e hoje não.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr.
Presidente, uma terceira questão. Antes da votação, eu gostaria de anunciar a
todos colegas que acordei com o Líder do Governo, Ver. João Antonio Dib, abrir
uma agenda de discussão aqui na Casa. E o Ver. João Antonio Dib já convidou a
Secretária de Administração e o Secretário da Saúde para, na próxima semana,
quarta-feira, às 10 horas, realizar uma reunião com os dois Secretários e com a
representação da categoria dos trabalhadores da Saúde, para iniciar um diálogo
sobre o tema do Plano de Carreira. Gostaria de informar a todos que -
certamente, amanhã, nós vamos debater na reunião da Mesa e Liderança - isso foi
acordado com o Líder do Governo, para que a Casa assuma o compromisso com as
categorias da Saúde. Obrigado.
O SR. DR. THIAGO DUARTE: Eu quero, de
público, Sr. Presidente, enaltecer a sobriedade do Ver. Engenheiro Comassetto e
do Ver. João Antonio Dib, que tornou possível esse processo de negociação.
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Estão feitos
todos os registros.
Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Dr. Thiago Duarte, o PLE nº 026/10. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO, por 20
votos SIM e 06 ABSTENÇÕES.
A Declaração de Voto
firmada pelo Ver. João Antonio Dib será lida pelo próprio Vereador.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Minha Declaração de
Voto (Lê.): “Abstive-me de votar por ser um intransigente defensor do
cumprimento da Lei Orgânica do Município, a qual, no inc. III do seu art. 66,
impede o Vereador, desde a sua posse, de votar em assunto de particular
interesse de ascendente até o 2º grau, que é o meu caso. Palácio Aloísio Filho,
4 de outubro de 2010. João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP e Líder do
Governo”.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Entregaremos a
Declaração de Voto por escrito. Só quero dizer que a nossa Bancada, a do
Partido dos Trabalhadores, foi liberada para votar, e os que votaram
favoravelmente o fizeram para que a Saúde de Porto Alegre possa entrar num
processo de qualificação, principalmente para que os médicos possam atender a
população, se isso era um impedimento. Segundo ponto: fizemos o acordo com o
Governo e com o Líder do Governo aqui de convocar o Secretário de Administração
e da Saúde no sentido de iniciar um diálogo com todas as categorias para
construir um plano de carreira; a partir desse acordo, a nossa Bancada deu seu
voto.
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Feito o
registro da Declaração de Voto do Ver. Engenheiro Comassetto e da sua Bancada.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, eu
votei a favor, retirei-me por um minuto, e, quando volto aqui, há um discurso
de encaminhamento da votação? Eu votei a favor.
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Assim como
foi liberado ao Ver. João Antonio Dib fazer a sua Declaração de Voto, da mesma
forma foi liberado ao Ver. Engenheiro Comassetto. Se V. Exª quiser fazer também
a sua Declaração de Voto...
O SR. REGINALDO PUJOL: Não. Eu votei a
favor, Sr. Presidente, porque sou a favor do Projeto desde o início. Não sei
por que demorou tanto para ser votado.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2698/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 125/10, de autoria do
Ver. Nelcir Tessaro, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor
Roberto Sffair.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem
do Dia por força do art. 81 da LOM em 29-09-10.
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em discussão
o PLL nº 125/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL
nº 125/01. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 24 votos SIM.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 072/10 – (Proc. nº 3295/10 – Ver. João Antonio Dib e Ver. João Carlos Nedel)
– requer seja o período de Comunicações do dia 22 de novembro destinado a
assinalar o transcurso do 67º aniversário da Independência do Líbano.
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em votação o
Requerimento nº 072/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2573/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 017/10, de autoria do Ver. Beto Moesch,
que concede a Comenda Porto do Sol ao Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do
Sul – NEJ.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM em 29-09-10.
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em discussão o
PR nº 017/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PR nº 017/10.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Por solicitação do
seu autor, o PLL nº 078/09 foi retirado da Ordem do Dia.
Peço, por gentileza,
a presença, junto à Mesa, dos Líderes de cada Partido. (Pausa.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro – às 15h33min): Encerrada a Ordem do Dia, por acordo de Lideranças.
Na próxima
quarta-feira, dia 6, será efetuada a discussão e votação da LDO.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente,
apenas um alerta: na sexta-feira, nós temos que entregar a decisão da LDO ao
Executivo. Então, precisamos votá-la na quarta-feira, sem dúvida nenhuma.
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Diretor
Legislativo acaba de me informar que já está adiantada a Redação Final da LDO.
Na quarta-feira, há o compromisso de ser discutida e votada a LDO.
O Ver. Dr. Thiago
Duarte está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. DR. THIAGO DUARTE: Sr. Presidente,
quero agradecer ao meu Partido, ao meu Líder Mauro Zacher, a cedência de tempo.
Em um primeiro momento, quero enaltecer o esforço de muitos colegas que estão
aqui - e outros espalhados pelo Estado - e principalmente enaltecer o esforço
dos que, aqui, estou olhando, por colocarem seus nomes nesta eleição; pelo
esforço sobre-humano que fizeram, muitas vezes, nesse sentido. O meu forte e
caloroso abraço a todos.
Em especial, eu tenho
que destacar a única Vereadora nossa que vai para o Parlamento Estadual.
Certamente, nesses dois anos que esteve aqui - falo da Verª Juliana Brizola -,
ela colheu diversas experiências que poderá, lá no Parlamento Estadual, colocar
em prática, principalmente em relação ao que Leonel Brizola sempre fez: a
defesa da escola de tempo integral. Eu conversava com o Ver. Bernardino sobre
essa questão, e, realmente, discutíamos sobre o fato de que a escola de tempo
integral, hoje, não deve ser empregada só para aquela pessoa que é desprovida
de recurso, que é pobre; ela é uma necessidade para todos, porque faz com que,
nesse mundo de correria em que vivemos, possamos dar aos nossos filhos uma
educação de qualidade e caminho para o conhecimento.
Então, nessa
campanha, que foi muito cheia de emoção, eu quero desejar, aqui desta tribuna,
um grande abraço e uma grande estada na Assembleia Legislativa à nossa Deputada
Estadual Juliana Brizola. Com isso, os colegas aqui levam de “brinde” este
Vereador, que passa, a partir do dia 1º de janeiro de 2011, a fazer parte dos
quadros desta Casa de forma definitiva.
Eu quero também,
neste tempo que me resta, expressar a felicidade que tenho com relação à
clareza que os Vereadores tiveram nesse processo de abono, que certamente não
resolve os problemas dos médicos, que certamente não resolve os problemas da
Saúde pública de Porto Alegre, mas, sem dúvida, faz com que o Executivo possa
ter um gesto de carinho com esses profissionais.
Então, eu quero
reiterar a minha posição aqui, solidária a uma gratificação percentual a todos.
Sou solidário, Ver. Comassetto, nesta sua iniciativa de integrar e começar uma
discussão entre Secretaria de Administração e Secretaria da Saúde, e que a
Câmara possa intermediar esse processo. E quero dizer que, sem dúvida nenhuma,
o caminho para os médicos e também para os outros profissionais é o Plano de
Carreira de Cargos e Salários, que deve ser gestado, e deve receber todas as
nossas forças, para que, efetivamente, a Saúde desta Cidade possa dar um salto
de qualidade. Infelizmente, a Saúde não pode ser vista como muitas vezes tem
sido vista: como gasto. Saúde - assim como a educação - é investimento e,
segundo a Constituição, é o investimento mais pesado que o Estado deve fazer:
saúde e educação; e que possamos deixar as outras atividades em que o Estado
não deve ser fim e, sim, meio, para outros fazerem, mas Saúde e Educação devem
ser a prioridade das prioridades.
Por isso, o meu forte
abraço aqui, e reitero o abraço a toda a Região de Porto Alegre,
principalmente...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Passamos ao
O Ver. Reginaldo
Pujol está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver.
Airto Ferronato.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, eu falo em Grande Expediente, em tempo que me foi,
gentilmente, concedido pelo meu colega de Bancada, Ver. Airto Ferronato, Líder
do Partido Socialista Brasileiro desta Casa. Informei ao Ver. Ferronato que o
teor do meu pronunciamento, nesta tarde, no período que ele me propiciou, seria
exatamente na mesma linha que ocorreu em várias manifestações na Casa, acerca
da importância no processo democrático dos episódios registrados no dia de
ontem. Evidentemente, nessas condições, eu não posso iniciar o meu pronunciamento,
a não ser com o cumprimento àqueles que foram vitoriosos no dia de ontem, ou
seja, os integrantes da frente política que redundou na eleição, em primeiro
turno, do ex-Prefeito desta Cidade, Tarso Genro.
De outro lado, eu
quero me solidarizar com todos aqueles companheiros que participaram do pleito.
E vejo aqui o Ver. Beto Moesch, a quem modestamente eu procurei auxiliar nessa
cruzada, porque acho que tem qualidades suficientes para ser um grande
representante de uma corrente de pensamento positivo na Assembleia Legislativa
do Estado. Eu disse a vários companheiros - e não tive a oportunidade de dizer
ainda ao Ver. Beto o que eu digo da tribuna - que eu sei, por experiência
própria, a dificuldade que os integrantes desta Casa têm de cooptar eleitores
no interior do Estado, porque consideram que nós somos figuras estranhas ao
processo político do Estado do Rio Grande do Sul; nós somos os Vereadores da
Capital do Estado.
Por isso eu estendo o
meu abraço não só ao Beto, mas repito o gesto com relação ao Mauro Zacher, com
relação ao Idenir Cecchim, ao Sebastião Melo, nosso ex-Presidente, que aqui não
se encontra no dia de hoje; ao meu querido amigo Airto Ferronato, e penso não
esquecer dos integrantes da Bancada do PT, que elegeu o Governador do Estado, mas
que não logrou transformar em Deputado nenhum dos seus quatro componentes que
enfrentaram as urnas no dia de ontem, aos quais rendo também a minha homenagem:
ao Ver. Aldacir Oliboni, à Verª Maria Celeste, ao Ver. Mauro Pinheiro e ao Ver.
Todeschini, enfim, a todo o conjunto, e espero não ter omitido nenhum dos
nomes. Bastaria que eu me lembrasse dos dois que concorreram à deputação
federal: Ver. Elias Vidal, o mais votado do seu Partido, o PPS, mas longe de
conseguir amealhar votos para chegar à vitória; e Ver. Canal, segundo suplente
da composição política de que fez parte, com a votação extraordinária de 68 mil
votos, mas insuficiente para os objetivos. A todos, o meu carinhoso respeito.
Eu falo com a autoridade de quem, nos últimos doze anos, disputou sete
eleições, ganhou algumas e perdeu outras tantas.
O Ver. Dib - que coça
a sua barba no presente momento - deve, nesta hora, se lembrar do nosso
queridíssimo Ver. Martim Aranha, que, há 30 anos, desaconselhava ele e eu a
concorrermos a pleitos estaduais, dizendo que nós éramos políticos urbanos e
que não deveríamos mais nos envolver nessas tentativas de chegar, eu à
Assembleia Legislativa, e ele, na oportunidade, à Câmara dos Deputados.
Por isso, meu caro
Presidente, eu quero adentrar, neste pronunciamento, um exame mais profundo. Eu
ouvi atentamente várias manifestações, inclusive a do Ver. Idenir Cecchim a
respeito do comportamento da Justiça Eleitoral, que não é propriamente o
comportamento da Justiça Eleitoral, é um comportamento em face da legislação
eleitoral, que é uma legislação complicada.
Eu vi uma situação,
no meu entendimento, degradante. Eu sempre tive o meu Título de Eleitor como um
documento ao qual eu dava valia - e dou até o dia de hoje -, mas, infelizmente,
o Título de Eleitor, hoje, no Brasil, da forma como as coisas foram colocadas,
não serve mais para absolutamente nada! É um mero indicador da urna onde nós
estamos registrados. Para poder exercer o
voto, nós precisamos de qualquer documento, um documento que prove que estamos
habilitados a dirigir; por exemplo, a carteira de motorista vale mais dentro
desse contexto do que o Título de Eleitor. Isso é muito ruim!
É por isso que, às
vezes, há um certo desânimo, uma grande desilusão com o processo político, e
nós temos o compromisso de contribuir para o seu aprimoramento, mas, do jeito
como as coisas se colocaram, com esse questionamento permanente da legislação
junto ao Poder Judiciário, nós chegamos ao extremo de, neste ano, termos uma
lei que, votada pelo Congresso, foi impugnada pelo Partido político que a
promoveu e que, depois, foi advogar o seu não cumprimento. Assim é difícil se
aprimorar o processo democrático.
Mas nem tudo está
perdido! A decisão das urnas, que, aqui no Rio Grande do Sul, favoreceu
amplamente o Partido dos Trabalhadores e seus aliados - o Partido Socialista
Brasileiro, o Partido Comunista do Brasil e outros menores -, nacionalmente
determinou que nós tivéssemos um segundo turno nas eleições para a escolha do
novo Presidente da República.
E agora,
Vereador-Presidente, eu espero que haja, da nossa parte - dos Partidos que
foram aliados na sustentação do Governo Fernando Henrique Cardoso -, mais
inteligência, melhor espírito público do que aconteceu até agora.
Eu quero confessar a
minha desilusão. Logo que surgiu a candidatura Serra, eu pretendi criar, aqui
no Rio Grande do Sul, o Movimento JJ, de José Serra e José Fogaça. Fui
desaconselhado a prosseguir. O próprio Deputado Germano Bonow, que havia se somado a nós nesse movimento, foi desestimulado, em Brasília,
pelo seu Partido, o PSDB, que não queria magoar a Governadora Yeda Crusius aqui
no Rio Grande do Sul. Aqui em Porto Alegre, nós éramos desaconselhados a
prosseguir nessa movimentação para não magoar o Partido Democrático
Trabalhista, que tinha outra candidatura preferencial, por definição de seu
Partido, em nível nacional. Então, não desagradamos ninguém; em compensação,
agradamos profundamente o candidato vitorioso, Tarso Genro, que viu a
desmobilização das nossas forças políticas nesse desencontro e nesse desencanto.
Agora, então, é a hora de termos uma postura mais definida. Eu afirmo, sem
nenhum temor de erro, que o resultado eleitoral, aqui no Rio Grande do Sul,
além de qualificar o trabalho realizado pelos apoiadores do Governador eleito
para o Estado, além de qualificar a própria ação do candidato, que soube
conduzir bem o processo político, é uma demonstração clara da incompetência das
forças políticas que não souberam se organizar. Espero que não ocorra a
repetição desse fato, ainda que eu reconheça que, indiscutivelmente, a
existência do segundo turno é um fato positivo. Haverá uma discussão, e, se
amanhã a hoje líder das pesquisas e das posições políticas, que, por detalhe,
não chegou à vitória no primeiro turno, vier a ser confirmada na Presidência da
República, vamos respeitar essa decisão popular, porque eu ouvi, Ver. DJ
Cassiá, do Governador eleito uma posição de abertura para vários Partidos,
inclusive para o seu, que, sabidamente, já estava com ele de uma forma um pouco
mascarada. (Pausa.) O seu Partido - não V. Exª -, o Partido Trabalhista
Brasileiro! E, com muita elegância, ele disse que não haveria de convidar para
essa frente pró-governança do Estado o seu Partido, o meu Partido e o Partido
Progressista, que foram os Partidos que mais... Não! O Partido Progressista
também será convidado, porque faz parte do Governo do Lula, então tudo é um
jogo só.
Então, quero declarar
que essa posição do Governador do Estado do Rio Grande do Sul foi muito
inteligente e muito respeitosa, porque, nós, Democratas, que saímos derrotados
nas urnas aqui, no Rio Grande do Sul, de forma muito categórica - por situações
que eu não vou ocupar a tribuna para analisar; problemas de economia interna do
meu Partido -, obviamente sabemos que as urnas nos colocaram na oposição. E nós
faremos uma oposição respeitosa, positiva, absolutamente necessária ao Governo
que vai se constituir. Não se espera que tenhamos, neste País, um Governo de um
Partido único e que não haja oposição. Nós estaremos lá e esperamos estar com o
PSDB junto conosco e com outras correntes de opinião pública que não vão
aderir, pura e simplesmente, retirando, inclusive, a possibilidade de o PSOL
acoimar alguns Partidos políticos de serem “Partidos da boquinha”, porque só
querem estar dentro do Governo. O próprio PSOL hoje paga um preço por seu
radicalismo, quando perde sua única Deputada Federal, não elege o Deputado
Estadual e não tem um resultado eleitoral dos mais favoráveis; junto conosco,
amargam uma derrota bem positiva. E eu não estou fugindo do reconhecimento de
que o meu Partido foi um dos maiores derrotados neste pleito eleitoral, aqui no
Rio Grande do Sul, pagando um preço muito duro a equívocos realizados no
passado.
Por isso, Sr.
Presidente, e me encaminhando para a conclusão, quero reafirmar meus cumprimentos
aos vitoriosos; quero, Ver. Dib, reafirmar minha posição. Eu estive, até o
derradeiro momento, com a candidatura do ex-Prefeito José Fogaça, observei uma
série de fatores que acredito terem sido os responsáveis pela não confirmação
do seu nome, que, pelo meu entendimento, poderia ter alcançado um resultado
muito maior. E se tivesse alcançado um resultado bem melhor, levaria a eleição
para o 2º turno, o que, efetivamente, não ocorreu.
Ao final e por
derradeiro, quero dizer a todos que esta Casa, que vê na nossa colega Juliana
Brizola a única vitoriosa das urnas, tem uma responsabilidade com esta cidade
de Porto Alegre. Os que aqui vão permanecer, por decisão das urnas, e aqueles
que, como nós, não chegaram nem sequer a se submeter a essa decisão, têm que
renovar o compromisso de continuar cuidando do interesse público de Porto
Alegre, da nossa gente, que, de certa forma, preservou a quase integralidade
deste Legislativo.
Era isso, Sr.
Presidente, neste período de Grande Expediente, que ocupo pela gentileza do meu
querido amigo Ver. Airto Ferronato, que também não teve, nas urnas, uma
possibilidade maior de subir até o Palácio Farroupilha e de representar o seu
Partido na Assembleia Legislativa do Estado. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Quero
aproveitar a oportunidade para fazer coro com praticamente tudo aquilo que o
Ver. Reginaldo Pujol tão bem colocou, nesse que foi mais um brilhante
pronunciamento seu.
O Ver. DJ Cassiá está
com a palavra, em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Alceu
Brasinha.
O SR. DJ CASSIÁ: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, não vou usar os quinze minutos, nobre Presidente.
Em primeiro lugar, eu quero dar os parabéns a todos os meus colegas que lutaram
nesta eleição, que batalharam nesta eleição, e, especialmente a todos eles,
quero aqui deixar uma mensagem: não existe derrota, Ver. Cecchim; existe é o
adiamento de uma vitória!
Eu quero aqui,
também, justificar, Sr. Presidente, o meu voto quanto ao abono dos médicos, um
abono justo. Agora, o mais justo mesmo é que os outros funcionários do quadro
da área da Saúde recebam o abono, imediatamente, também, porque é merecido,
porque o abono deveria ser para todos, não só para uns.
Mas eu prestei muita
atenção, como sempre, nas palavras de um grande Líder, o Ver. Comassetto. Eu
estava ali, comentando comigo mesmo, elogiando suas palavras. Ver. Comassetto,
o senhor é um grande lutador na área da Educação. Também temos uma grande colega
que, além de ser educadora, tem como bandeira, como prioridade, a Educação, não
só no seu mandato, mas também na sua vida: a minha colega Sofia. Eu sempre digo
que eu não tenho dificuldade - e nunca vou ter - de falar bem daquelas pessoas
que fazem o bem, mas o que me deixou, Ver. Comassetto, bem feliz foi, no seu
pronunciamento, o senhor colocar como prioridade para o seu Governo, do
Governador Tarso, os Territórios de Paz.
Agora quero, aqui,
meu colega Ver. Comassetto e Verª Sofia, que são da Bancada do Governo, fazer
um apelo: pedir que se dê prioridade ao local onde foi colocada uma pedra
marcando, dizendo que ali seria o primeiro Território de Paz, na Vila Bom
Jesus. Quero, então, fazer este pedido aos meus colegas Vereadores, ao Líder da
Bancada do PT, Ver. Engenheiro Comassetto: que essa Bancada se engaje 100% para
que se conclua e se comece a construir o Território de Paz lá na Bom Jesus.
Também quero, Sr.
Presidente, fazer um pedido à Bancada do Partido dos Trabalhadores, uma Bancada
que trabalha muito na área da Educação. O próprio Governador Tarso Genro, como
Ministro, foi um grande Ministro na área da Educação. E o que o levou a ser
Governador do Estado no 1º turno, não tenho dúvida, foi o seu desempenho na
área da Educação. Não tenho dúvida! Acho que agora é hora, Verª Sofia, de o
Governador Tarso retomar aquilo que outros Governos terminaram, acabaram, que
foram as escolas de turno integral. O Governador Tarso pode mostrar à
sociedade, agora, que é um homem interessado em uma educação de qualidade.
Educação de qualidade, salvo melhor juízo, está nas escolas de turno integral.
A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. DJ Cassiá, inclusive em agradecimento à
sua atenção com a nossa Bancada e pelo seu diálogo com a nossa Bancada, quero
dizer lhe que, de fato, o programa que o Tarso apresentou para a Educação foi
construído com muito debate e diálogo, e é muito ousado; é um programa que será
difícil executar, terá que haver uma grande prioridade, mas eu não tenho a
menor dúvida - porque, como V. Exª falou, ele foi Ministro da Educação - de que
nós teremos um Governador que vai cuidar diretamente da Educação e que
trabalhará conjuntamente com o cuidado e a recuperação da condição de dignidade
dos professores, das condições físicas, e com a ampliação, onde está incluído o
tema da progressiva ampliação para o turno integral. Só que nós teremos que
trabalhar juntos, Ver. DJ Cassiá, porque não adianta ampliar turno integral em
escolas de lata, em escolas sem cerca, sem nada, todas pichadas, com banheiros
que não fecham; quer dizer, não dá para iludirmos a sociedade de que nós temos
uma estrutura física. Nós temos, por exemplo, que recuperar os contratos
temporários, que foram alastrados pelo Estado, assim como buscar o pagamento do
Piso, combinando com o alargamento, com a ampliação da Educação Infantil ao
Ensino Médio. Que grande desafio! Mas nós teremos um grande gestor que já
cuidou da educação do Brasil e que está muito determinado a investir na
Educação do Estado. Ver. DJ, queremos a sua parceria.
O SR. DJ CASSIÁ: Verª Sofia, muito
obrigado por suas palavras. A senhora pode ter certeza de que eu sou seu
parceiro, porque a Educação, para dar certo, não pode ter bandeira política;
porque a Educação, Verª Sofia, é a base de tudo. Um bom advogado, um bom
médico, por exemplo, passam por uma boa educação. E a prevenção,
principalmente, Verª Sofia, também passa pela educação de qualidade. Um
exemplo: se observarmos as mulheres da periferia, muitas delas têm três, quatro
filhos, às vezes até mais, mas, se pegarmos, como exemplo, uma moça que faz
Universidade, veremos que ela tem um ou nenhum filho. Então, isso é prevenção;
prevenção que os Governos estão se esquecendo de fazer e de colocar em prática.
Por que eu digo colocar em prática? Porque as escolas de turno integral já
existiram na nossa Cidade, no nosso Estado. Outros Governos passaram e não se
engajaram para retomar as escolas de turno integral. E eu vejo essas escolas de
turno integral como uma forma de prevenção, Verª Sofia, porque o “Seu João”,
que pega um ônibus às cinco horas da manhã, lotado, com a sua marmita, para
produzir para este País, para pagar impostos para este País, não tem onde
deixar seus filhos, mas, com a escola de turno integral, ele terá onde deixar
seus filhos, bem cuidados, bem tratados, bem alimentados e bem educados.
Eu espero, Sr.
Presidente, que isso não esteja longe de acontecer; espero que o Governo do
Estado retome a bandeira da educação de qualidade. E quem está aqui falando não
é alguém que senta à frente de uma televisão ou que lê uma notícia no jornal e
depois vem para cá para falar. Eu vivo dentro das comunidades, vivo dentro
daqueles bairros carentes, sei como aquelas pessoas vivem. E digo mais: ninguém
melhor para dizer a dor do que aquele que já sentiu a dor. Eu já senti a dor!
Senti a dor porque não tive condições de frequentar uma escola, de ter uma
educação escrita, porque os meus pais, infelizmente, não tiveram condições de
me dar. Mas hoje eu tenho condições, através do seu voto, através do voto de
confiança que a sociedade me deu para eu estar aqui, de reivindicar isso, Ver.
Paulinho, para as nossas comunidades. Deus me deu essa oportunidade, e a
sociedade também.
Finalizo, dizendo que
sou parceiro da Bancada do Partido dos Trabalhadores, sou parceiro nessa
bandeira, já que agora o Governo do Estado é dos senhores. Tenho certeza de que
o Governador Tarso vai assumir e levar adiante essa bandeira da escola em turno
integral. Encerro, deixando a minha mensagem: eu só quero ser feliz, andar
tranquilamente na cidade onde eu nasci.
Obrigado, Porto
Alegre.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, não
sei se peço a V. Exª verificação de quórum, eis que, com V. Exª, estamos apenas
com sete Vereadores no plenário.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente,
solicito ao Ver. Dib que tenha compreensão, já que precisamos rodar a Pauta,
pois temos projetos importantes para tramitar. Se ele pudesse manter o quórum
simbólico...
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Peço verificação
de quórum, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Solicito a
abertura do painel para fazermos a verificação de quórum. (Pausa.) (Após
apuração nominal.) Não havendo quórum, estão encerrados os trabalhos da
presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 16h11min.)
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